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Ir a Cuba e não ir a Havana é quase a mesma coisa que ir a Roma e não ver o papa (na verdade é pior).
Havana é sem dúvida uma paragem obrigatória para quem viaja para Cuba porque é em Havana que está toda a mística, toda a história e cultura...
Por isso seja na opção de ficar uma ou duas noites na cidade, seja na opção de fazer um tour, é um must do da viagem.
Como disse no último post, não conseguia marcar duas semanas pelos combinados então optei por ficar sempre alojada em Varadero e seguir num desses tours até Havana.
São 150 km que não me preocuparam especialmente quando marquei porque não é assim tanto. O problema é que com as estradas e nos autocarros que existem em cuba (todos chineses) é uma viagem de demora umas 3 horas...
Mesmo com estes tempos, reforço: vale muito a pena.
Havia duas escolhas em termos de tour para Havana, onde a principal diferença está no programa noturno: Havana Especial tem uma ida ao cabaret. Como não são especialmente fã desse tipo de espetáculos e o preço era o dobro escolhi a opção mais simples. Sem me querer enganar nos preços Havana fica por 65euros/CUCs e Havana Especial por 140euros/CUCs por pessoa.
A viagem até passou muito bem, porque fomos o caminho todo a falar com a guia e a perceber melhor algumas particularidades da economia do país. A meio do caminho parámos no El Peñon para beber aquela que é considerada a melhor Pina Colada de Cuba. Eu não sou fã de Pina Colada, mas esta era qualquer coisa.
O percurso na cidade inicia-se na zona mais antiga da cidade, a chamada Havana Colonial/Vieja.
Gostei muito desta parte da cidade, as ruas estavam todas arranjadinhas, com as praças e casas bem conservadas, cheias de turistas, mas também de senhoras vestidas como as cubana típicas: elas estão ali basicamente para ganhar dinheiro com fotos, por isso somos abordados mil vezes. Mesmo assim basta dizer que já tiraram ou que não querem e são super queridas. Para além destas, existem as senhoras das tranças e ainda os artistas que nos começam a desenhar sem nós pedirmos. Não acho que seja perigoso, mas convém avisar logo que não queremos ou se queremos perguntar primeiro o preço.
É nesta zona da cidade que está o Hotel Ambos Mundos (“casa” de Hemingway), a Catedral e a Bodeguita del Medio (que está retratada em 50% dos souvenires de Cuba).
Nesta zona da cidade, seguimos a pé e tivemos mais oportunidade de explorar as ruas... No entanto, o mal de seguir neste tipo de excursões é que não somos nós que alocamos o tempo e não existe liberdade total para te perderes na cidade. Mesmo assim tivemos muita sorte, porque o nosso grupo era muito pequeno (5 pessoas).
Ainda nesta zona, a maioria dos tours incluem uma visita ao museu da cidade que na minha opinião não tem nada de excecional e que se fosse hoje teria preferido ficar do lado de fora a explorar melhor as praças em redor do museu.
Depois desta caminhada, o almoço é feito no Castillo del Morro. Aqui temos oportunidade de ter uma vista maravilhosa sobre a cidade e é um ótimo sitio para comprar os obrigatórios charutos e rum!
Da parte da tarde, o percurso é praticamente todo de autocarro para conhecer a parte mais “nova”. Paramos na praça da revolução para tirar as míticas fotos com a imagem de Che Guevara, mas confesso que tive vontade de parar noutros sítios, por isso não sou nada adepta deste tipo de turismo à base do autocarro, porque gosto mesmo é de andar... Sei que nem toda a gente partilha desta minha opnião, por exemplo os meus coleguinhas de viagem nem se dignaram em sair do autocarro muitas vezes.
Mesmo assim e tendo em conta as limitações de tempo, o facto de termos feito esta parte da tarde em autocarro permitiu ter uma visão geral das várias zonas da cidade...
Por fim, a viagem termina no mercado local para as habituais comprinhas de artesanato. O mercado tem imensas coisas, dá para comprar quase tudo e quando estiverem fartos têm uma cervejaria ao lado, com muito boa onda e cerveja artesanal que vale bem a pena para preparar o regresso.
Havana tem muitas coisas para ver, um dia é de facto pouco tempo, mesmo assim sinto que vi tudo o que queria ver e foi bom ter alguém sempre a explicar e dar mais informação sobre os vários locais (coisa que quando vamos sozinhos nem sempre acontece, mas em cuba nas ruas é possível encontrar alguns estudantes que fazem de guias).
Nesta minha perspectiva geral sobre a cidade encontrei coisas muito giras e bem arranjadas, mas confesso que vi zonas que parecia que tinha sido bombardeadas e a cair de velhas. Na cidade também se vê imensas pessoas nas ruas e muita pobreza por isso nem sempre é fácil este choque de realidade mesmo assim acho importante que toda a gente tenha esse choque, porque os sítios para onde viajamos são muito mais do que o que os resorts nos querem mostrar.
Espero que tenham gostado deste post e se tiverem mais algum dúvida terei todo o gosto em responder.
By Kat