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Há uns tempos atrás estava a ler um texto da Just_smiiile, sobre o deixar para trás este país fantástico e emigrar como nos mandam os nossos governantes políticos. Na altura, deixei-lhe um comentário, onde disse que pela primeira vez estava mesmo a pensar nisso e mesmo que não seja o que mais queremos, às vezes é mesmo a melhor opção, pelas mais diversas razões. Porque não temos emprego, porque não trabalhamos naquilo para o qual estudámos, porque não fazemos o que mais gostamos, dado não existirem oportunidades em Portugal ou simplesmente porque nos vemos a estagnar e queremos alcançar outros objectivos, que apesar da enormidade do nosso país em tantas coisas, a nível de mercado de trabalho e progressões de carreira nem sempre apresenta as condições ideais.
Esta última hipótese foi a que me deixou a pensar. O que é que quero para mim? Até onde é que quero chegar? É possível fazê-lo onde estou? Quantos anos vou demorar? Não pensem que é apenas uma questão de ambição, que não é, apesar que defendo que todos devemos ter um pouco de ambição para podermos seguir em frente com os nossos sonhos ou com as metas que definimos para nós. É mais uma questão de estar constantemente a desafiar-me e tentar que a rotina e o conforto, do que é conhecido e expectável, não se apoderem de mim.
Na minha lista de objectivos definidos para a minha vida tenho uma linha que implica viver lá fora e outra muito semelhante que tem escrito “Trabalhar no estrangeiro”. Engraçado é que quando fiz isto ainda estava a estudar e não sabia mesmo o que é que o futuro me reservava. A verdade é que uma das linhas já tem o seu “check”, dado que vivi 8 meses em Itália e a outra não tinha previsão de a concretizar, mas confesso que nos últimos meses andava a pensar muito nela, até que…
Dizem que quando desejamos uma coisa com muita força e em especial com o coração que as coisas acontecem. Pois bem a oportunidade entrou-me pela porta da frente, eu abracei-a e não a larguei mais, apesar de com alguma ansiedade e com muito medo. Sim MEDO, é o sentimento que domina acima de tudo o resto. Se não tivermos medo é porque não temos nada a perder, é porque quase que somos loucos em não questionar o que deixamos para trás ou imaginar o que teremos pela frente.
Mudar de vida, mudar de país seja porque motivo for é sempre um misto de sensações que andam em loop na nossa cabeça : alegria, felicidade, saudade, angustia, receios, novidades, descobertas, sorrisos e lágrimas.
O melhor e o pior momento é dizer o SIM final. É uma sensação de alívio, mas uma sensação de compromisso e responsabilidade.
Esta mudança está mesmo para breve, mas quando tudo estiver mais alinhado conto-vos tudo!
Alguém já passou por algo semelhante?
by Bel